JCP lança campanha<br> por uma melhor educação
A JCP lançará em breve uma campanha nacional com o lema «Nem propinas, nem Bolonha. A luta é o caminho», com a distribuição de um folheto e a recolha de um abaixo-assinado em forma de um passaporte que dá «acesso» ao ensino gratuito e de qualidade. Haverá ainda exposições em diversas escolas organizadas pelos colectivos locais da JCP sobre problemas específicos.
O objectivo é a consciencialização dos estudantes, a afirmação da JCP e o reforço do conhecimento dos problemas específicos de cada instituição. Como diz Cristina Cardoso, do Secretariado da Direcção Central do Ensino Superior da JCP, «queremos que todos os estudantes lutem por um ensino melhor, porque têm direito a ele. Temos de olhar para trás e ver que a luta pode travar ofensivas, conquistar direitos, derrotar políticas, transformar a escola e o ensino superior. Temos de combater o conformismo.»
Os jovens comunistas alertam para os graves ataques ao ensino superior público, acentuados pelo Governo do PS. «O aumento das propinas impede que muitos jovens frequentem o ensino superior e contribui para a elitização deste sistema educativo. Retira o direito a todos os jovens que querem entrar para o ensino superior e não têm como pagar as despesas», afirma Cristina Cardoso, denunciando a existência de cortes orçamentais na ordem dos três por cento, «o que mostra a intenção do Governo de caminhar para a privatização do ensino superior, tornando-o um negócio. Quem quer entrar tem de pagar.»
Esta política constituiu «uma barreira para a formação integral dos indivíduos. Ninguém deve ser afastado do ensino superior por falta de condições económicas», defende a dirigente da JCP, que alerta para as consequências destas políticas para os jovens e para o País: «Cada vez serão menos os que podem frequentar o ensino superior e ser licenciados. A educação é também o progresso do País e quanto mais se desinveste na educação mais Portugal ficará atrás na formação de quadros técnicos nas ciências sociais, naturais e exactas.»
Neste contexto, a Declaração de Bolonha desempenha um papel importante na continuação de políticas de mercantilização do ensino e na acentuação das desigualdades de acesso. A JCP contesta a divisão das licenciaturas em dois ciclos – o primeiro de três anos e o segundo de dois anos –, correspondendo respectivamente a uma licenciatura e a um mestrado.
«A intenção é clara: ao fim de três anos sair para o mercado de trabalho mão-de-obra mais barata e menos qualificada. Quem quiser uma formação de quatro ou cinco anos tem de fazer um mestrado e pagar mais», comenta Cristina, referindo que a JCP propõe uma outra lógica de ensino, «porque o Processo de Bolonha só piorará as condições de acesso e de frequência do ensino superior». - I.A.B
O objectivo é a consciencialização dos estudantes, a afirmação da JCP e o reforço do conhecimento dos problemas específicos de cada instituição. Como diz Cristina Cardoso, do Secretariado da Direcção Central do Ensino Superior da JCP, «queremos que todos os estudantes lutem por um ensino melhor, porque têm direito a ele. Temos de olhar para trás e ver que a luta pode travar ofensivas, conquistar direitos, derrotar políticas, transformar a escola e o ensino superior. Temos de combater o conformismo.»
Os jovens comunistas alertam para os graves ataques ao ensino superior público, acentuados pelo Governo do PS. «O aumento das propinas impede que muitos jovens frequentem o ensino superior e contribui para a elitização deste sistema educativo. Retira o direito a todos os jovens que querem entrar para o ensino superior e não têm como pagar as despesas», afirma Cristina Cardoso, denunciando a existência de cortes orçamentais na ordem dos três por cento, «o que mostra a intenção do Governo de caminhar para a privatização do ensino superior, tornando-o um negócio. Quem quer entrar tem de pagar.»
Esta política constituiu «uma barreira para a formação integral dos indivíduos. Ninguém deve ser afastado do ensino superior por falta de condições económicas», defende a dirigente da JCP, que alerta para as consequências destas políticas para os jovens e para o País: «Cada vez serão menos os que podem frequentar o ensino superior e ser licenciados. A educação é também o progresso do País e quanto mais se desinveste na educação mais Portugal ficará atrás na formação de quadros técnicos nas ciências sociais, naturais e exactas.»
Neste contexto, a Declaração de Bolonha desempenha um papel importante na continuação de políticas de mercantilização do ensino e na acentuação das desigualdades de acesso. A JCP contesta a divisão das licenciaturas em dois ciclos – o primeiro de três anos e o segundo de dois anos –, correspondendo respectivamente a uma licenciatura e a um mestrado.
«A intenção é clara: ao fim de três anos sair para o mercado de trabalho mão-de-obra mais barata e menos qualificada. Quem quiser uma formação de quatro ou cinco anos tem de fazer um mestrado e pagar mais», comenta Cristina, referindo que a JCP propõe uma outra lógica de ensino, «porque o Processo de Bolonha só piorará as condições de acesso e de frequência do ensino superior». - I.A.B